Mascote Mitu da Xiaomi: Ícone Antes do Viral Labubu

Muito antes do boneco Labubu se tornar uma sensação viral global, a Xiaomi já possuía um mascote icônico e querido: o Mitu, também conhecido como Mi Bunny. Este simpático coelho, adornado com um chapéu Ushanka e um cachecol vermelho de pioneiro, ambos elementos culturais da China, desempenhou um papel crucial no posicionamento da marca, na comunicação com os usuários e na narrativa da empresa.
Origens e Filosofia de Design do Mitu
O Mitu foi criado por Sun Guangdou (Dou Ye), que era o funcionário número 34 da Xiaomi. O design do mascote procurou evitar uma tradução literal do nome Xiaomi, optando por um personagem amigável e acessível que comunicasse os valores da marca. O objetivo era que o Mitu parecesse um pouco “bobo”, o que ajudava a humanizar a imagem da Xiaomi e a romper com a formalidade frequentemente associada às empresas de tecnologia.
Essa abordagem reforça o lema da empresa: “Just for fans” (Apenas para fãs), enfatizando a construção de uma marca que se assemelha mais a uma comunidade do que a uma corporação. Os funcionários da Xiaomi frequentemente utilizam figuras do Mitu em comunicações internas e eventos, consolidando o mascote como um símbolo de abertura dentro da organização.
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O Mitu no Ecossistema da Xiaomi
Antes de se tornar uma potência global de hardware, a Xiaomi era conhecida pela MIUI, uma plataforma Android personalizada. O Mitu era o mascote oficial das ROMs MIUI, representando a relação da marca com o desenvolvimento de código aberto e a personalização. Uma animação que mostrava o Mitu aparentemente “consertando” um robô Android tornou-se intimamente associada à cultura de modificação da Xiaomi.
A presença do Mitu simboliza a filosofia da Xiaomi de acessibilidade, inovação e compromisso de longo prazo com sua comunidade. O mascote reflete a missão da empresa de construir tecnologia que seja acolhedora, amigável e acessível a todos.
Mitu como Embaixador Comercial e Robótica Educacional
Após enfrentar desafios de marca, a Xiaomi posicionou o Mitu como um embaixador comercial. A expansão continuou com o Mitu Robot, um robô modular e programável composto por centenas de peças. Este produto introduziu a Xiaomi nos mercados de educação STEM, demonstrando como a marca poderia combinar diversão no design com valor educacional.
O Declínio do Mitu?
Com o crescimento global da Xiaomi, a representação altamente técnica do Mitu tornou-se menos relevante para os consumidores em geral. As versões mais recentes do software removeram o Mitu da interface Fastboot, indicando uma mudança da empresa de uma marca de nicho para uma líder global em tecnologia com um público mais amplo.
O Fenômeno Labubu
Enquanto o Mitu pode ter perdido um pouco de destaque, o mundo dos mascotes virais ganhou um novo participante: o Labubu. Criado pela empresa chinesa Pop Mart, o Labubu é um brinquedo de pelúcia que se tornou um acessório de moda, impulsionado por celebridades e pela cultura de “blind boxes” (caixas cegas), onde os compradores não sabem qual versão do brinquedo receberão.
O Labubu, com sua aparência de monstrinho fofo e sorriso travesso, conquistou milhões de fãs e gerou um aumento significativo nas receitas da Pop Mart. No entanto, a mania do Labubu também enfrentou críticas relacionadas ao consumismo excessivo e à exploração emocional.
Conclusão
Embora o Labubu seja o mais recente fenômeno viral no mundo dos brinquedos e mascotes, é importante lembrar que a Xiaomi já possuía um ícone cultural próprio: o Mitu. O Mitu, com sua história e significado únicos, continua a ser um símbolo importante da identidade da Xiaomi e de seu compromisso com a comunidade de fãs.
