BH terá 12 mil câmeras com reconhecimento facial e IA

Belo Horizonte está implementando um sistema de vigilância avançado com 12 mil câmeras equipadas com reconhecimento facial, leitura de placas e inteligência artificial (IA). O programa, denominado “Muralha BH”, visa inibir a criminalidade e aumentar a segurança na capital mineira.
Implantação do Programa Muralha BH
O anúncio do programa foi feito pela Prefeitura de Belo Horizonte (PBH), que destacou que este é o maior sistema de segurança já apresentado na cidade. O prefeito de BH, Álvaro Damião (União), afirmou que o objetivo é monitorar quem entra e sai da cidade, garantindo que criminosos sejam identificados.
A rede de vigilância inteligente será instalada em diversos pontos estratégicos da cidade, incluindo praças, parques, centros de saúde municipais, escolas, principais vias e corredores de entrada e saída. O Anel Rodoviário também receberá atenção especial, com monitoramento total da via.
Fases de Implantação
A primeira fase do projeto já está em andamento, com cerca de 600 câmeras já instaladas e em fase de testes. A expectativa é que até dezembro deste ano, mais de 1 mil câmeras estejam operacionais. A conclusão total do programa está prevista para o final de 2026.
Veja também:
Tecnologia e Funcionamento
O sistema utilizará inteligência artificial para analisar os dados coletados pelas câmeras e emitir alertas às autoridades policiais em caso de irregularidades. O diretor-presidente da Prodabel, Fernando Lopes, explicou que o sistema terá um sistema de despacho que independe da ação humana.
As câmeras serão capazes de identificar veículos roubados ou furtados, além de detectar outras infrações, como evasão de faixa e excesso de velocidade. As passarelas do Anel Rodoviário também serão monitoradas para coibir o tráfego de motocicletas em áreas destinadas a pedestres.
Tipos de Câmeras
O programa Muralha BH contará com diferentes tipos de câmeras para atender às necessidades de monitoramento da cidade:
- Câmeras de segurança: 8 mil unidades, incluindo modelos PTZ com giro de 360° e unidades fixas.
- Câmeras LPR: 2.650 unidades, próprias para leitura de placas veiculares.
- Equipamentos com reconhecimento facial: 1,5 mil unidades.
Outras Cidades
Belo Horizonte se inspira em outras cidades que já implementaram sistemas de monitoramento semelhantes. São Paulo, por exemplo, utiliza a tecnologia desde 2023 e já auxiliou na prisão de mais de 2 mil foragidos. Vitória, no Espírito Santo, também utiliza a tecnologia desde 2024, com mais de 100 prisões.
Impacto no Comércio
A instalação das câmeras nas avenidas de Belo Horizonte é vista como uma chave para um novo capítulo do comércio local. A segurança é fundamental para fortalecer o setor, que é responsável por grande parte do PIB da capital mineira e dos empregos na cidade.
LGPD
A Prefeitura de Belo Horizonte garantiu que o projeto está em conformidade com a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD). O custo total do projeto não foi divulgado.
Repercussão
O prefeito Álvaro Damião afirmou que a medida de vigilância é um passo importante para garantir a proteção dos cidadãos. O secretário de Segurança e Prevenção de Belo Horizonte, Márcio Lobato Rodrigues, também defendeu a iniciativa, garantindo que o objetivo é transmitir a mensagem de que criminosos não serão tolerados na cidade.
Espera-se que o programa Muralha BH contribua para a redução da criminalidade e o aumento da sensação de segurança em Belo Horizonte.