Escola substitui professores por IA e mensalidade chega a R$ 18 mil

Uma escola nos Estados Unidos, chamada Alpha School, está adotando um modelo de ensino inovador que substitui professores por inteligência artificial (IA) e reduz o tempo de aula diário para apenas duas horas. O modelo, considerado disruptivo, tem chamado a atenção não apenas pela proposta pedagógica, mas também pelo valor da mensalidade, que parte de R$ 18 mil.
Como funciona o modelo da Alpha School?
A Alpha School substitui os professores tradicionais por programas digitais que, segundo a instituição, são capazes de detectar o nível de conhecimento de cada aluno e oferecer um ensino personalizado e mais acelerado. Por isso, não há divisão de turmas por idade. As disciplinas básicas, como matemática e inglês, ocupam apenas duas horas por dia, enquanto o restante do tempo é preenchido com atividades de socialização e aprendizados práticos.
Em vez de professores, a escola conta com “guias de aprendizagem”, cujo papel principal é incentivar os alunos. Esses profissionais, selecionados por sua formação acadêmica e experiência em áreas como tecnologia e startups, monitoram o progresso dos estudantes por meio de relatórios gerados pela IA e organizam atividades que desenvolvem habilidades práticas, como oratória e gestão financeira.
O sistema de níveis da Alpha School abrange desde a pré-escola até o ensino médio. A progressão não é determinada pela idade do aluno, mas pelas habilidades específicas adquiridas ao longo do aprendizado. A escola também utiliza um sistema de recompensas e uma moeda interna que pode ser trocada por experiências especiais para estimular o desempenho dos alunos.
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Personalização do ensino e o papel da IA
A inteligência artificial desempenha um papel central na personalização do ensino na Alpha School. As plataformas adaptativas utilizam a IA para analisar o desempenho e as preferências de cada aluno, gerando conteúdo e atividades sob medida. Isso permite que os alunos progridam em seu próprio ritmo e foquem nas áreas em que precisam de mais apoio.
A IA também é utilizada para automatizar tarefas de avaliação, corrigindo testes e provas de forma rápida e precisa. Além disso, a tecnologia pode identificar áreas de dificuldade e lacunas no aprendizado, rastreando o progresso de cada aluno e adaptando o ensino de acordo com suas necessidades individuais.
Críticas e preocupações
Apesar da proposta inovadora, o modelo da Alpha School tem gerado debates e críticas. Especialistas questionam a redução da carga horária das disciplinas tradicionais, o excesso de tempo em frente às telas e a falta de preparo pedagógico dos “guias de aprendizagem”.
Alguns críticos apontam preocupações com o impacto do modelo no desenvolvimento de habilidades sociais, pensamento crítico e diversidade no ambiente educacional. A ausência de professores tradicionais e a ênfase na tecnologia podem comprometer o vínculo humano no processo de ensino, que é essencial para o desenvolvimento emocional e ético dos estudantes.
O futuro da educação com IA
A Alpha School é um exemplo de como a inteligência artificial está transformando a educação. Embora o modelo ainda seja controverso, ele levanta questões importantes sobre o futuro do ensino e o papel da tecnologia na aprendizagem.
A IA tem o potencial de personalizar o ensino, automatizar tarefas e fornecer insights valiosos sobre o progresso dos alunos. No entanto, é fundamental considerar os desafios éticos e de privacidade associados ao uso da tecnologia na educação, garantindo a proteção dos dados dos alunos e evitando a dependência excessiva da IA.
Outras escolas, como a St. Nicholas School, utilizam a tecnologia como ferramenta de apoio ao aprendizado, buscando o desenvolvimento integral dos alunos. A St. Nicholas, por exemplo, oferece currículos internacionais e diversas atividades extracurriculares, preparando os alunos para universidades no Brasil e no exterior.
O debate sobre o uso da inteligência artificial na educação está apenas começando, e é importante considerar os benefícios e os riscos da tecnologia para criar um futuro educacional mais eficaz, inclusivo e equitativo.