IA como ferramenta extra: Livro ensina uso em sala de aula

Um novo livro, intitulado O Professor Ampliado: Reimaginando o Papel Docente na Era da IA, oferece dicas práticas para integrar a inteligência artificial (IA) na sala de aula. A obra, de autoria de Renato de Oliveira Brito, Rafael Parente e Maria Cristina Mesquita, busca auxiliar educadores a potencializar suas práticas pedagógicas com o uso da IA.
O Papel do Educador na Era Digital
Lançado em outubro, o livro aborda os desafios e oportunidades da docência em um contexto transformado pela inteligência artificial. A publicação explora o impacto da tecnologia e da IA generativa na educação, com reflexões sobre a redefinição das relações entre professores, alunos e conhecimento.
O livro discute como a inteligência artificial pode transformar a prática pedagógica, sempre com a mediação humana e orientação ética. Os autores também abordam desafios de infraestrutura e limitações da IA, propondo uma visão de docência que integra tecnologia e sensibilidade humana.
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Dicas e Caminhos Práticos
O material inclui caminhos práticos, exemplos e um glossário para orientar educadores na incorporação crítica da tecnologia, inclusive em realidades de baixa conectividade. O livro é voltado para professores, gestores, profissionais da área de educação, pesquisadores e formuladores de políticas públicas. A publicação está disponível no site da Cátedra Unesco.
O livro também oferece orientações de como transformar a IA em aliada, com reflexões sobre o papel do educador na era digital e propõe caminhos para integrar tecnologia e sensibilidade humana.
IA na Educação Brasileira
A inteligência artificial (IA) vem se consolidando como uma presença crescente na educação brasileira, especialmente nos ensinos fundamental e médio. Em 2025, mais de 70% das instituições brasileiras utilizam ferramentas digitais que mudaram a forma de ensinar e aprender. No entanto, o uso consciente e eficaz da IA ainda depende de escolhas estratégicas, que devem priorizar o fortalecimento dos professores, a redução das desigualdades regionais e a promoção do pensamento crítico como valor central da educação.
O governo federal também está buscando sugestões da população brasileira sobre como usar a inteligência artificial (IA) na área da educação. Para isso, foi aberta uma consulta pública visando coletar contribuições e sugestões da sociedade civil que vão ajudar a construir um referencial para desenvolvimento e uso responsáveis da ferramenta no setor.
Ferramentas de IA para Professores
Existem diversas ferramentas de IA que podem auxiliar os professores em sala de aula. Algumas das ferramentas mais indicadas são:
- Khanmigo: Plataforma da Khan Academy que oferece ferramentas para educadores e estudantes, auxiliando no planejamento de aulas e oferecendo suporte personalizado aos alunos.
- Microsoft Seeing AI: Aplicativo gratuito que usa IA para descrever imagens, ler textos em voz alta e identificar objetos, cores e rostos, ideal para alunos com deficiência visual.
- Microsoft Math Solver: Aplicativo focado no ensino de matemática, capaz de reconhecer fotos de equações para resolvê-las ou corrigi-las.
- Padlet: Plataforma para criar murais colaborativos, onde educadores e estudantes podem trocar arquivos, realizar atividades e compartilhar ideias.
- ChatGPT: Assistente virtual que pode ajudar na redação de textos, planejamento de aulas, explicação de conceitos complexos e criação de atividades interativas.
- Canva for Education: Ferramenta de design gráfico adaptada para o ambiente educacional, que permite gerar apresentações, atividades visuais e materiais educativos rapidamente.
Ética e o Futuro da IA na Educação
Especialistas alertam para preocupações como a formação docente, a privacidade de dados e a equidade no acesso às ferramentas de IA. A chave, segundo Seiji Isotani, professor da Universidade de São Paulo (USP), é usar essas tecnologias de forma complementar, sempre com o objetivo de enriquecer o processo educacional e não substituir a interação humana essencial no aprendizado.
É preciso garantir que a IA seja uma aliada da aprendizagem e não uma ameaça aos processos educacionais. A integração da IA no ensino não é uma tendência passageira, mas uma evolução natural da educação.
