IA nunca substituirá médicos, afirma presidente do Einstein

A inteligência artificial (IA) nunca substituirá a atividade médica, de acordo com Sidney Klajner, presidente do Hospital Israelita Albert Einstein. A afirmação vem em um momento em que a IA tem se mostrado cada vez mais presente na medicina, auxiliando em diagnósticos, tratamentos e gestão hospitalar.
O Einstein e a IA
O Hospital Israelita Albert Einstein é pioneiro no uso de tecnologia e inteligência artificial na medicina. Atualmente, a instituição utiliza 126 algoritmos de IA diariamente, a maioria para suporte à gestão e monitoramento de pacientes. Klajner ressalta que a IA tem um papel fundamental no auxílio aos médicos, mas não como substituta.
O hospital também foi pioneiro na telemedicina no Brasil, criando um sistema em 2012, mesmo quando a legislação ainda não permitia atendimentos sem médicos nas duas pontas.
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Aplicações da IA na Medicina
A IA tem diversas aplicações na medicina, desde o diagnóstico até o tratamento personalizado. Algoritmos podem analisar grandes volumes de dados e históricos de pacientes para auxiliar nas decisões clínicas, resultando em diagnósticos mais precisos.
Exemplos de aplicações da IA na medicina:
- Diagnóstico médico assistido por IA: Algoritmos de aprendizado são programados para reconhecer padrões em exames de radiologia, como ressonâncias magnéticas, radiografias e tomografias, permitindo a detecção precoce de doenças.
- Tratamento personalizado: A IA pode auxiliar no desenvolvimento de tratamentos personalizados, buscando alternativas terapêuticas mais adequadas para cada quadro clínico.
- Armazenamento e processamento de dados: A IA pode armazenar e processar dados com rapidez, facilitando a organização, proteção e acesso aos arquivos médicos.
- Monitoramento de pacientes: Dispositivos como pulseiras e smartwatches, equipados com IA, podem monitorar métricas como pressão arterial, batimentos cardíacos e níveis de glicose.
O Futuro da Medicina e o Papel Humano
Apesar dos avanços da IA, especialistas reforçam que o papel humano na medicina continua insubstituível. A empatia, a compreensão e o toque humano são elementos essenciais na relação médico-paciente, que não podem ser replicados por máquinas.
A IA pode auxiliar os médicos a enxergar o que o cérebro humano não consegue, mas a decisão final e o cuidado com o paciente sempre serão responsabilidade do profissional de saúde. A medicina do futuro será uma integração entre tecnologia e sensibilidade humana.
O diretor de inovação do Hospital Israelita Albert Einstein, Rodrigo Demarch, destaca o impacto da IA nos projetos do hospital, mencionando parcerias com startups de IA para otimizar o diagnóstico por imagem e aumentar a produtividade. A IA permite um rastreamento automatizado e um apoio a diagnósticos mais precisos.
Em suma, a IA é uma ferramenta poderosa para aprimorar a medicina, mas não deve substituir o profissional médico. A inteligência artificial aumenta a capacidade dos médicos e devolve tempo de qualidade à prática clínica.