Regulamentação de IA e Redes Sociais Chegará ao Congresso em 2025

A regulamentação das redes sociais e da inteligência artificial (IA) no Brasil deve ser encaminhada ao Congresso Nacional em 2025. O anúncio foi feito pelo ministro das Comunicações, Frederico Siqueira, que destacou a importância de se garantir um ambiente digital equilibrado e seguro, especialmente em relação às eleições de 2026.
Contexto e Objetivos da Regulamentação
O governo federal considera prioritária a regulamentação das big techs, buscando um equilíbrio entre a liberdade de expressão e o combate às fake news. O ministro Frederico Siqueira comparou o setor de tecnologia a outros já regulados por agências como a ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis), ANM (Agência Nacional de Mineração) e Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações), defendendo a necessidade de regras claras para as plataformas digitais.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva também defende a regulamentação das redes sociais no Brasil, ressaltando a importância de discutir o tema com o Congresso Nacional. Em maio de 2025, Lula afirmou que não é possível que tudo tenha controle, menos as empresas de aplicativos.
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Principais Pontos em Discussão
A proposta de regulamentação busca assegurar a liberdade de expressão, o combate à desinformação e a proteção de dados dos cidadãos brasileiros. O ministro Frederico Siqueira enfatizou que os dados dos brasileiros devem permanecer no país, visando proteger a soberania nacional.
A regulamentação da IA também é vista como uma prioridade, com o objetivo de estabelecer diretrizes para o uso responsável da tecnologia, com foco em segurança, transparência e ética. O Projeto de Lei 2338/2023, que tramita na Câmara dos Deputados, propõe diretrizes para regulamentar o uso da IA no Brasil, abordando temas como a remuneração por direitos autorais para treinamento de modelos de IA e os limites de reconhecimento facial.
Tramitação no Congresso Nacional
A expectativa é que o texto sobre a regulamentação das redes sociais e da inteligência artificial seja encaminhado ao Congresso Nacional ainda este ano, para que possa ser amplamente debatido entre o Executivo e o Legislativo. A mudança de presidência na Câmara dos Deputados em fevereiro pode impulsionar o avanço do tema.
O Supremo Tribunal Federal (STF) também tem acompanhado o tema, buscando estabelecer como as redes sociais devem ser responsabilizadas pelo conteúdo publicado pelos usuários. O julgamento sobre o tema no STF foi suspenso para análise do ministro André Mendonça, mas já há votos que indicam que as plataformas digitais devem responder por injúrias e conteúdos ofensivos.
Setor de Saúde e a Regulação da IA
O setor de saúde também está atento à regulamentação da IA, buscando diretrizes para o uso isonômico da tecnologia. Uma comissão temática de inteligência artificial no Congresso pretende garantir que a regulamentação atenda às especificidades do setor, com foco na segurança e na confiança na aplicação da IA na saúde.
Especialistas apontam a necessidade de um sistema de monitoramento contínuo das soluções de IA após a implantação, visando garantir a segurança e a eficácia das tecnologias utilizadas. A ausência de um sistema estruturado de monitoramento pode comprometer vidas, segundo especialistas.
Avanços e Desafios na Regulação da IA no Brasil
O Brasil tem avançado na discussão sobre a regulamentação da IA, com a realização de audiências públicas e a criação de comissões especiais no Congresso Nacional. O Ministério da Fazenda e especialistas defendem a urgência de uma legislação que traga equilíbrio entre inovação e proteção de direitos fundamentais.
O Marco da Inteligência Artificial (Projeto de Lei 2338/2023), já aprovado pelo Senado, propõe diretrizes para regulamentar o uso da IA no Brasil. O texto está tramitando em caráter de prioridade na Câmara dos Deputados.
A regulamentação da inteligência artificial e das redes sociais é um tema complexo e desafiador, que exige um debate amplo e aprofundado entre governo, Congresso, setor produtivo e sociedade civil. O objetivo é criar um marco regulatório que promova a inovação, a segurança jurídica e a proteção dos direitos dos cidadãos.
