Gayer ofende Moraes e STF com montagem polêmica na web

O deputado federal Gustavo Gayer (PL-GO) causou polêmica ao publicar, em seu perfil na rede social X (antigo Twitter), uma montagem com ofensas direcionadas ao ministro Alexandre de Moraes e ao Supremo Tribunal Federal (STF). A imagem, criada com o uso de inteligência artificial, mostra Moraes no lugar da estátua “A Justiça”, em frente à sede do STF em Brasília, com o dedo médio levantado e a inscrição “Perdeu, manés!” no peito. Ao lado da figura central, quatro homens de beca, semelhantes a ministros do Supremo, aparecem com a cabeça baixa.
Repercussão e Críticas
A postagem de Gayer gerou críticas e debates acalorados sobre os limites da liberdade de expressão e o uso de imagens manipuladas para fins políticos. A montagem foi amplamente interpretada como uma crítica direta ao STF e, em particular, ao ministro Alexandre de Moraes, que tem sido alvo constante de ataques por parte de congressistas e apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Até o momento, o STF não se manifestou oficialmente sobre a publicação. No entanto, a atitude do deputado reacendeu discussões sobre desinformação, responsabilização jurídica pelo uso de imagens manipuladas e os frequentes ataques direcionados ao STF.
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Contexto Político e Jurídico
A atitude de Gayer ocorre em um momento de alta tensão entre o STF e alguns setores da política brasileira. O ministro Alexandre de Moraes tem sido o principal alvo de críticas e ataques, especialmente por sua atuação em investigações que envolvem o ex-presidente Jair Bolsonaro e seus aliados.
Além disso, Gayer já é alvo de investigações e ações judiciais no STF. Em outubro de 2024, a Primeira Turma do STF formou maioria para aceitar uma queixa-crime contra o deputado por calúnia, difamação e injúria, em decorrência de um vídeo publicado nas redes sociais em que ele criticava a eleição para a presidência do Senado.
O relator do caso, ministro Alexandre de Moraes, considerou que a conduta de Gayer extrapolou os limites da imunidade parlamentar, configurando abuso do direito de expressão e desvio das funções.
Outras Polêmicas Envolvendo Gayer e o STF
A relação entre Gustavo Gayer e o STF é marcada por uma série de polêmicas e confrontos. Em agosto de 2025, Gayer criticou a decisão de Moraes de proibi-lo de visitar Jair Bolsonaro, que se encontra em prisão domiciliar. O deputado chamou a decisão de “absurda” e alegou que carecia de “fundamento”.
Em outra ocasião, Gayer exibiu um áudio de Alexandre de Moraes durante um ato de apoio a Bolsonaro em São Paulo. O deputado também já afirmou que ministros do STF temem a aplicação da Lei Magnitsky, legislação internacional que prevê sanções contra violadores de direitos humanos.
Reações e Implicações
A publicação da montagem ofensiva por Gustavo Gayer gerou diversas reações. Enquanto alguns defendem o direito do deputado à liberdade de expressão e à crítica política, outros condenam a atitude, considerando-a desrespeitosa e prejudicial à imagem do STF.
O episódio reacende o debate sobre os limites da imunidade parlamentar e a necessidade de responsabilização por discursos de ódio e desinformação. A crescente polarização política e os ataques ao STF têm gerado preocupação em relação à estabilidade democrática e ao respeito às instituições.
Ainda não se sabe quais serão as consequências da atitude de Gayer. No entanto, o caso certamente contribuirá para o acirramento das tensões entre o STF e setores da política brasileira.
O que diz Gayer
Em vídeos e declarações, o deputado frequentemente alega perseguição política e defende suas críticas ao STF como exercício legítimo da liberdade de expressão. Gayer também acusa o ministro Alexandre de Moraes de abuso de poder e de conduzir uma “ditadura” no Brasil.
Gayer também tem criticado o ministro Gilmar Mendes, alegando que ele é quem realmente comanda o STF e que estaria usando Alexandre de Moraes para seus próprios interesses.
É importante ressaltar que as declarações e atitudes de Gustavo Gayer refletem sua visão pessoal e não representam a opinião de todo o Congresso Nacional ou da sociedade brasileira.