Polonesa usou IA para tentar provar ser Madeleine McCann

Uma jovem polonesa de 24 anos, Julia Wandelt (também conhecida como Julia Wendell ou Julia Faustyna), que alega ser Madeleine McCann, a menina britânica que desapareceu em 2007 em Portugal, utilizou ferramentas de inteligência artificial (IA) para tentar sustentar sua história. A revelação ocorreu durante o julgamento de Julia por perseguir os pais e irmãos de Madeleine.
Alegações e Investigação com IA
Durante o julgamento no Tribunal da Coroa de Leicester, no Reino Unido, foi revelado que Julia recorreu ao ChatGPT para investigar sua alegada identidade. Ela perguntou ao chatbot se ela poderia ser Madeleine McCann, desaparecida desde 2007, quando passava férias com a família na Praia da Luz. O ChatGPT sugeriu a Julia que havia uma ‘possibilidade’ de ela ser Madeleine quando ela o usou para comparar o seu DNA com outros perfis genéticos. No entanto, o próprio sistema indicou que seriam necessárias ‘mais evidências’ para confirmar a hipótese.
Julia pediu à ferramenta que comparasse o seu DNA com uma amostra recolhida do chão do local onde Madeleine desapareceu. O chatbot respondeu que, se Gerry McCann fosse confirmado como seu pai biológico, isso levantaria a possibilidade de Julia ser Madeleine, mas que seriam necessários testes adicionais para confirmação.
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Testes de DNA e Ascendência
Testes genéticos anteriores já haviam descartado qualquer ligação entre Julia e Madeleine McCann. Os exames revelaram que Julia possui ascendência polonesa, lituana e romena, impossibilitando que ela seja a menina desaparecida. Rosalyn Hammond, especialista em DNA, declarou que os resultados ‘favorecem fortemente a proposição de que Julia Wandelt não é filha biológica da pessoa que deixou o material genético no local do desaparecimento’.
Repercussão e Desdobramentos
Após a divulgação dos resultados dos testes de DNA, Julia se desculpou com os pais de Madeleine, afirmando que não tinha intenção de causar sofrimento. Nos primeiros dias do julgamento, Julia chorou ao ouvir o promotor afirmar que as evidências científicas provam que ela mentiu sobre sua identidade.
Foi revelado que Julia já alegou ser outras meninas desaparecidas e que, após receber orientação de uma autodenominada médium americana, se isolou em Los Angeles. Ela afirmou ter submetido seu DNA a especialistas e ter feito comparações de olhos, dentes e voz com os de Madeleine, o que a teria motivado a retornar ao Reino Unido.
O Caso Madeleine McCann
Madeleine McCann desapareceu no dia 3 de maio de 2007, aos três anos de idade, enquanto estava de férias com os pais em um resort na Praia da Luz, no Algarve, em Portugal. Os pais de Madeleine jantavam com amigos a cerca de 50 metros do quarto onde ela e seus irmãos gêmeos dormiam. A mãe de Madeleine checou as crianças por volta das 22h e descobriu que a menina não estava no quarto.
O caso gerou grande repercussão internacional e permanece um mistério até hoje. Em 2022, a polícia alemã declarou Madeleine McCann como morta e apontou Christian Brückner como principal suspeito do crime. No entanto, ele nunca foi acusado formalmente pelo desaparecimento de Madeleine.
